haras

Haras Canabrava

O Rancho Canabrava é pioneiro na criação do cavalo da raça Mangalarga Marchador no Distrito Federal. Há mais de 40 anos com apurada seleção do seu plantel, o haras Canabrava mantém venda permanente de animais de alta linhagem.

Promovemos cavalgadas para grupos, montaria por hora, cursos de manejo, casqueamento/ferradoria (com agendamento prévio), informe-se.

Seu "Cana"

Não podemos esquecer do nosso Canabrava que com sua alegria e companheirismo deixou muita saudade por onde passou. Com seus causos e piadas, sempre com a penúltima para contar, registramos aqui algumas produções do Caninha:

Acertador de Cavalos

Nos quinhentos e quatro anos de vida do Brasil, sempre tivemos a ajuda preponderante do cavalo: na defesa e nas disputas do território, nas entradas e bandeiras, na lida da terra – plantações e criações –, nas viagens, no transporte, enfim, quase nada se fez sem o auxílio desse extraordinário ser.

Continuamos a criá-lo e usá-lo, porém de forma mais racional, com a preocupação da seleção das diversas raças, num manejo ditado pelas técnicas atualmente conhecidas e com cruzamentos dirigidos, buscando sempre a evolução das gerações novas.

Nesse obstinado empenho dos criadores está a busca de resultados mais previsíveis e a consequente evolução das raças.

Vale a pena lembrar aqui um antiga figura muito importante da nossa equitação e que era conhecida como o acertador de cavalos.

Tratava-se de um cavaleiro possuidor de muita sensibilidade no manejo de animais e que detinha grande prestígio na vida rural dos antigos usuários do cavalo.

Havia muita disputa pelos seus serviços profissionais e as filas dos proprietários dos animais eram estabelecidas pelas datas de chegada e pela importância do candidato.

Para lembrar essa figura respeitada da nossa cultura ruralista, escrevi uns versinhos, que foram musicados e gravados pelo grande mestre violeiro Roberto Côrrea, no seu cd de nome Extremosa-rosa, e que transcrevo a seguir:

HERANÇA DO ACERTADOR
Eu já nasci muntadô, pro gosto do véio pai, e orde de meu avô
sou afinado co’a sela, dum tempo que já vai longe...
ainda cheirava leite
o cavalo é o meu sustento, minhas pernas de andá, o meu gosto e o meu enfeite
vou te ensinar muitas treta, do sigilo desta arte, vosmicê preste atenção:
na hora da partação, vigia mais a toada
num se namora na cor, fromosura ou simpatia
num adula o coração, guia ele na estrada
distroce de dá perdida, nos ataio e nas forquia
bicho que anda mais duro, que pula muito no chão
nunca vai ser da estima, é de famia trotão
e bicho desalinho, com partes de andadureiro
refuga e deixa de lado, pra cantá noutro terreiro
tirante o que foi tirado, o resto tudo é lucroso
e na escoia de tráia, vê se larga a suvinage:
usa sela cruvelana, rédea de couro trançado
enxerga fiada a mão, carece ser vaidoso
conseiado e petrechado
arreia seu Marchador
e ganha as largas da vida.
Aperta pra prosear
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As órdi!
Que bão que ôcê veio, sô! Precisando de que hoje?